Desenhos animados educativos? Hmmm hesito…
Olá pessoas!
Tiveram saudades
do Pai?
Claro que tiveram…
Parecendo que não eu não punha aqui os pés há quase 20 anos… Não tarda
estava-me a criança a acabar a faculdade e vocês ainda aqui à espera que eu
contasse sobre o aparecimento dos primeiros dentinhos…
Juro, no entanto,
que esta ausência não tem nada, nadinha, a ver com o pântano logístico que é
criar uma criança em idade semi-autónoma, gerir empregos, compromissos sociais,
gravações, lides domésticas, um cão, um gato e vá, de vez em quando, algumas
horas de sono. Não se assustem, não é nada disso. Nada a ver… Eu é que… Pronto…
Às vezes distraio-me.
Mas bom, vamos ao
que interessa, e o que interessa é que já lá vai um ano e meio a levar com
bonecadas na televisão e, cada vez mais, chego à conclusão que alguém tem que
fazer alguma coisa quanto a isto. Estes conteúdos que as nossas Crianças papam
desde tenra idade têm que começar a ser utilizados com finalidades mais úteis
(já para não falar das barbaridades que por vezes lá se ouvem)...
Posto isto, eu
sugeria que, em vez de andarem preocupados com o gato a quem alguém atirou um
pau ou com os pássaros que alguém tem na mão, agissem, com a máxima urgência, sobre
estes temas, por exemplo:
- Explicarem ao
Panda que, em vez de ensinar as crianças que a buzina serve para quando queremos
virar (fazendo delas uns fugareirozinhos de palmo e meio), devia ensinar-lhes
já como é que se circula dentro das rotundas, para não virem a ser uns imbecis
iguais aos seus progenitores;
- Fazerem ver ao
Avô Cantigas que, em vez de dizer aos putos que têm que ter sempre atenção
porque um dia veio um cão e levou a bola ao Manel, devia era avisá-los para
estarem atentos aos humanos que andam com as calças para dentro das meias, as
sobrancelhas estilizadas com pequenos cortes, terços fluorescentes ao pescoço e
cara de maus, porque, muito provavelmente, vão-lhes levar o smartphone e o
dinheiro do almoço;
- Pedirem à Xana
Toktok para, em vez de andar a baralhar os putos com trocadilhos estúpidos (e
na minha opinião um bocado porcos), começar já a ensinar-lhes a diferença entre
“gostasse” e “gosta-se”, para eles um dia mais tarde não virem para as redes
sociais fazer figuras ridículas e passar por labregos;
- Criarem mais um
par de versos para aquela maldita música que fica na cabeça o dia todo, nos
quais, depois de explicarem às crianças todos os utensílios existentes numa
cozinha, as ensinem a ordem pelos quais eles têm que entrar na máquina, de
forma a caberem mais coisas e se poder poupar nas lavagens da loiça;
- Falarem com os
senhores que fazem a série da Barbie e… Bem, deixem lá. Se resultou tão bem com
as Kardashians, pode ser que resulte para algumas das nossas Crianças também… O
pior que pode acontecer é termos que gastar uns trocos no registo civil em
mudanças de nome, mas o que é que isso importa? Desde que a nossa reforma
esteja assegurada…
E para já ficávamos
por aqui. E acho que já fazíamos bastante pelas gerações vindouras.
Pensem nisto.
Depois fazem-me
umas exéquias bonitas.
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