Este berço está a um preço espetacular. Mas aquela Super Soaker…
Preparar a chegada de uma criança exige um extenuante e castrador trabalho de definição de prioridades, que pode levar algumas (muitas) vezes à existência de enorme baralhação e frustração na cabeça dos pais (do pai vá…).
Assim, e em prol de
uma sociedade de pais menos fustigada pela fúria da sociedade das mães,
partilho aqui alguns factos importantes que a minha experiência me tem levado a
constatar:
Facto consumado
nº1: Pensar em quanto vai custar uma creche para colocar a criança quando acabarem
as licenças é mais importante do que pensar em quanto vai custar uma Super
Soaker para fazer guerras de água no jardim quando ela tiver 7 anos.
Facto consumado
nº2: Pensar em montar um quarto confortável e bem equipado é mais importante do
que pensar em montar um baloiço e uma piscina na varanda (a sério, outra vez a
história da piscina?).
Facto consumado
nº3: É mais importante um pacote com 10 bodies básicos para recém nascidos do
que um pijama do Luke Skywalker a dizer “Where is my father?” para usar a
partir dos 12 meses (e não, não é 1 ano, são 12 meses).
Resumindo… Bastam
duas semanas de “pré-paternidade”, para chegarmos à conclusão de que a graça
toda disto está nas coisas menos importantes…
O truque: pensar
nelas à vontade mas NUNCA, por razão nenhuma, o verbalizar muitas vezes. Ou seja, vasculhem
a internet à vontade à procura das melhores pistolas de água, dos baloiços, dos
pijamas do Star Wars… Mas tenham sempre aberta uma página do IKEA na secção dos
trocadores e outra da Bebitus na secção dos carrinhos, para poderem fazer um
Alt+Tab muito rápido quando a mãe da criança aparecer.
A par disto,
talvez seja bom começar-mo-nos também a mentalizar (oohhhh) de que antes de a
criança poder vestir aquele pijama ou andar naquele baloiço, talvez precise de
vir cá para fora, ter o que comer, ter onde dormir e passar o tempo, ter onde
ser educada e assim…
E qual é a melhor
forma de, em caso de dúvida, distinguirem o mais importante do menos importante?
Fácil: regra geral o mais importante é o mais caro e aquilo em que menos nos
apetece pensar. Mas é assim… Suck it up.
Posto isto, e se
não queremos ouvir a terceira vez: “Está na altura de te fazeres um homenzinho,
porque eu não estou para aturar duas crianças”, o melhor é que, ainda que não
deixemos de pensar nas pistolas de água, nos baloiços e no merchandising do
Star Wars, saibamos entender que há coisas essenciais e que não podem ficar só
à responsabilidade da mãe da criança.
Para os fãs do
sado-maso, é só fazerem exatamente o contrário do que este post sugere, e serão
horas e horas de flagelação garantida.
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