Let the games begin. Ou as obras vá…
Caros amigos, sendo que quanto a este tema só existem claramente dois partidos (o da malta cheia de vontade que gosta de bricolage e faz tudo sozinha e aquele dos que não gostam e mandam fazer), permitam-me começar por endereçar uma mensagem à malta da bricolage: encham-se primeiro de boa vontade, porque ao final de 2 dias com a cabeça enfiada em baldes de tinta, vai-vos começar a passar a vontade toda. Believe me, I know!
A verdade é que
decorar o quarto da criança pode ser ao mesmo tempo um dos momentos mais
engraçados da gravidez, e uma dor de cabeça (literalmente) daquelas que até
fazem tremer “osjolhinhos”.
As opções são
muitas: não fazer nada estrutural e trabalhar só a decoração, pintar tudo,
forrar tudo a papel de parede, pintar ou forrar só meia parede (cima ou baixo) e
separar da restante com uma fita decorada ou um separador em madeira… Enfim, há
para todos os gostos e skills, é só serem criativos.
Há no entanto
alguns pormenores a ter em conta, que podem fazer a diferença entre o divertido
e o desesperante:
- Pensa bem se
estás capaz, porque quando começares já não dá para voltar atrás, ou vais ter
muito que explicar daqui a uns anos quando quiseres incutir valores como
persistência e força de vontade a uma criança que viveu parte da sua infância num
quarto meio pintado;
- Confirma com a
mãe da criança que ela tem MESMO a certeza de que é aquela cor. E quando se
fala em confirmar MESMO é irem à loja pelo menos 10 vezes antes de comprarem a
tinta e ela escolher a mesma em pelo menos 6 dessas 10. Acreditem, se
facilitarem aqui vão acabar a pintar o quarto 4 vezes. E sabem o que isso
significa? São 4 camadas de tinta e 3 camadas de primário… Agora pensem na
quantidade de vezes que não conseguiam voltar a acabar o Uncharted neste tempo
todo…
- Façam tudo o
que têm a fazer antes de começarem a montar coisas no quarto, caso contrário
vão acabar a pintar o Titanic no estaleiro do clube naval de Sesimbra. Imaginem
o que é fazer obras num quarto com 12 m2 com um berço, um trocador, uma cómoda,
um baú e a caixa gigante do carrinho, tudo encafuado lá dentro… Quando deres
por ti estás metido dentro do berço a passar a trincha por entre as grades para
fazer os rebordos dos rodapés.
- Não façam nada
à pressa, ponham música e relaxem. É que o “Querido mudei a casa” tem, neste
caso, o mesmo efeito que os filmes porno tinham quando éramos miúdos, aquilo
parece tudo muito fácil de fazer logo à primeira, mas na verdade não é assim
tão simples, e às vezes a coisa pode ficar feia e acabar-nos com a… paciência.
- No fim, deixem
a parte da decoração para a mãe da criança, caso contrário vai ficar uma
cagada.
Contas feitas, e
recorrendo à analogia porcalhona utilizada acima: no fim é muita bom! Ficamos com
aquele sentimento de: “Caramba, ela vai ter a criança, mas eu pari este quarto!”,
e é um orgulho do caraças. Estúpido, mas do caraças.
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