O cão? 'Tá bom obrigado.
1 - Lá em casa há
um cão (cujo nome não vou mencionar, porque não tarda está aí a brigada dos
bons costumes toda indignada porque não se deve dar nomes de pessoas aos
animais). Vá, digo só que começa por “S”, acaba em “ÃO” e no meio tem duas
letras que podiam muito bem ser um “I” e um “M”. O Simão (oh raios, descaí-me…)
é jovem, é grande, é musculado, e tem energia para alimentar um quarteirão
inteiro no inverno durante uma semana;
2 - Lá em casa há
um gato (cujo nome… bem, vocês percebem). O Afonso (riso de escárnio) tem unhas
(não de gel, das normais), salta, e larga pêlo (já pensámos em mandar plastificar,
mas ele depois fazia mais barulho a roçar-se nos móveis e era uma chatice).
3 - Lá em casa
vai passar a haver uma criança (não, não se vai chamar Lassie), que vai interagir
com eles, gatinhar pela casa e apanhar coisas do chão para meter na boca.
O drama… O
horror!
Para quem não tem, ou não está habituado, a animais, principalmente a cães grandes, este cenário é
semelhante ao de se colocar a criança sozinha e já temperada no meio da savana,
àquela hora em que, pela fresquinha, as leoas saem para caçar.
E então vem a
pergunta da praxe: “Então e o cão?”…
Eu percebo a
pergunta! A sério que percebo. Eu próprio, como homem que sou, já a fiz a mim
mesmo dezenas de vezes… E bem! Porque já tive uma série de ideias para o cão:
- Um atrelado daqueles
de acoplar às bicicletas para ele passear a criança enquanto for pequenina;
- Uma cela para a
criança o montar quando for maiorzinha;
- Uma pega de
wakeboard para quando ela aprender a andar de patins;
- Uma almofada
grande para se enroscarem os dois à noite a ver televisão;
- Um lenço para o
pescoço a condizer.
Quanto ao Afonso…
É não o molhar e não lhe dar de comer depois da meia noite, que tudo correrá bem.
Ah, e não
esqueçamos aquilo que às vezes parece ser um pormenor insignificante de que esta
malta se esquece… Também vai haver lá em casa um pai e uma mãe. Só para que
conste.
Tudo o resto (e
por “tudo” refiro-me a todos os estudos científicos que comprovam benefícios não
só ao nível da saúde como também ao nível social e cognitivo da interação regular
das crianças com animais) são meras suposições que não vamos estar para aqui a debater.
Não desçamos a esse nível, que isto é uma publicação de respeito.
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