A maternidade. Não é essa, a outra, a de cimento e vigas e assim.


Conforme já tive oportunidade de referir anteriormente, um dos últimos afazeres pré natais é (ou deverá ser, pelo menos no meu entender) a visita à maternidade.

Embora muita gente não o saiba, as maternidades possibilitam a visita prévia das instalações aos futuros pais, mães, acompanhantes, ou whatever. Na prática é como se fosse um passeio turístico, só que em vez de ser feito pela Baixa num tuktuk conduzido por um gajo sem formação e que trabalha em condições precárias, é feito por um hospital a pé e conduzido por um/a enfermeiro/a com excesso de formação para as condições precárias em que trabalha.

Não sei se por sorte ou se porque é sempre assim, mas no nosso caso isto correu às mil maravilhas. Fomos um dia ao hospital (S. Francisco Xavier) sem aviso ou marcação prévia, apontámos à receção da urgência de ginecologia e obstetrícia (da maternidade, pronto), dissemos ao que íamos, pediram-nos que esperássemos um bocadinho e, nem 10 minutos mais tarde, veio uma enfermeira ter connosco para nos levar então nesse autêntico comboio fantasma (admitam, é assim que todos o imaginamos). Muito afável, esteve connosco praticamente uma hora, mostrou-nos as instalações de uma ponta à outra (com principal enfoque na sala do parto), esclareceu-nos todas as dúvidas e mais algumas, explicou passo a passo como tudo se vai processar (todos os momentos do parto, todos os procedimentos, todas as “utilities” disponíveis, etc.) e no fim ainda nos deu uma série de brochuras para levarmos para casa com informação útil sobre a preparação do parto.

Conclusão: ir fazer esta visita é como tu meteres na cabeça que vais depilar o peito com cera, mas pedires à menina para experimentares primeiro um bocadinho no braço. Tu calculas que vá ser mau, mas queres ter primeiro uma ideia do quão mau poderá ser, que é para te poderes mentalizar. A única diferença é que no caso da depilação o mais provável é desistires (se fores um pussy) ou decidires ingerir grandes quantidades de álcool antes de avançares para a real thing, e no caso da visita à maternidade é exatamente o contrário. Saímos de lá com aquela calma e tranquilidade de quem sabe exactamente o que vai acontecer, com o que pode contar, onde vai estar, com quem vai estar… Desmistificámos aquela imagem dantesca da sala de partos fria e desconfortável (terei oportunidade para falar dela em cede própria) e acima de tudo ouvimos da boca de quem faz aquilo todos os dias que “o normal é as coisas correrem bem, por isso não há motivo para medos”.

Posto isto, a minha experiência ordena-me que vos diga o seguinte: se não fizerem isto são uns néscios (vão pesquisar, é um insulto muita giro) de todo o tamanho e merecem que a vossa criança vos urine para cima mal nasça, e que a mãe da criança se levante logo a seguir e faça o mesmo, ainda com restos de placenta e líquido amniótico e tudo (meninas, ao fazerem isto tenham só cuidado com os pontos caso os tenham).

Comentários

Mensagens populares