Então mas isto não tem botões?
Comecemos este
texto por esclarecer uma coisa: por muito “bonzinhos” que os bebés sejam, e nós
por acaso até temos muita sorte com a Maria do Carmo (sim, é esse o verdadeiro
nome da criança, só agora me apercebi que nunca o tinha referido), todos os
pais, TODOS, passam mais tarde ou mais cedo por momentos menos bons. Daqueles
que levam ao estado do: “Então mas esta criança não tem um botão qualquer? Por
favor desliguem-me isto!”... Esta é uma verdade absoluta, e se conhecerem
alguém que diga que a sua criança é um mimo e que nunca passaram por tal coisa,
é porque estão a mentir para se armarem em super nannys. Podem dizer que fui eu
que disse!
Assente que está
este ponto, foquemo-nos no essencial deste post: os botões dos bebés. Porque os
há (ainda que toda a gente diga que não). Yeeiiii! Qual a única dificuldade?
Encontrá-los.
O que é facto é
que, por muitos livros que se leiam e por muitos fóruns que se consultem, há
uma coisa da qual não nos podemos nunca esquecer: os bebés são todos
diferentes, e, por isso, não podemos desesperar à primeira, quando a técnica
que lemos no livro da Constança ou no post da mae_babada_83 no demãeparamãe.pt
não resultar com a nossa criança… Às vezes estes botões são mais difíceis de
encontrar do que um bom barbeiro que não cobre 50€ só para aparar as patilhas,
por isso há que ter paciência e ir lá por tentativa/erro.
A nossa criança, por
exemplo, tinha, nos primeiros meses de vida, um botão incrível que nós
descobrimos por acaso: o exaustor. Ela chorava. Não era fome, não era sono, não
era fralda… Precisava de conforto. Daquele que tinha lá na pança da mãe. Colo apertado
e exaustor no máximo. Era automático. Mas automático. Também resulta com o
secador do cabelo. Segundo percebemos, alguns bebés reagem bem a isto pois faz
lembrar o “white noise” que ouviam no útero (tanto que agora já existem
traquitanas específicas para eles que fazem esse tipo de sons).
Custa-lhe a
adormecer… Tenta-se mais leite, pode estar em transição e já precisar de mais
umas goladas. Não é fome? Testa-se a roupa (a dela e a da cama), pode ter
calor, pode ter frio… Ainda assim temos tourada? Talvez um redutor na cama (se
ainda não houver), para um bocadinho mais de aconchego. Talvez um doudou… Ou
uma chucha maior. Ou uma chucha mais pequena.
Tem uma rotina
bem definida (um dia, quando tiver pachorra hei-de escrever sobre a importância
gigante disto) e não está a querer comer/dormir na hora que é costume? Tenta-se
comer mais/diferente… Ou dormir menos ou mais.
Os botões estão
lá (ao contrário dos barbeiros que não cobram uma fortuna). O importante é
sabermos procurá-los antes daquela fase em que já não resultam. Se num dia não
resultou uma coisa, no dia seguinte tenta-se outra… Se a criança não fecha a
goela com uma coisa, tenta-se outra…
Se forem
criaturas perspicazes e expeditas, rapidamente vão perceber onde é que estão os
botões das vossas crianças, e a partir daí tudo se torna mais leve. Para vocês
e para elas. E quanto mais depressa isto acontecer, mais depressa podes voltar
a treinar e a ir jogar à bola ao domingo de manhã.
Já agora, se
souberem de um bom barbeiro na zona de Lisboa que não cobre uma fortuna apitem.
Nem preciso daquelas cenas dos Gins e das placas à porta para as gajas não
entrarem, não sou esquisito.
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